Na manhã do dia 11/02, segunda-feira de carnaval, recebi um convite para uma caminhada na praia, de um bom amigo que também é meu vizinho de bairro e de rua. Fazemos isso sempre que podemos.
Ambos temos prazer em estar na companhia um do outro – nos conhecemos nos anos sessenta, fomos colegas de trabalho e lá se vão mais de quarenta anos – temos muita afinidade de pensamento e apreciamos uma boa caminhada. Juntamos, então, a prática saudável de fazer exercícios físicos, com a atividade de lazer de caminhar, apreciando a paisagem em local agradável. E a calçada da praia da Barra da Tijuca é uma das melhores escolhas que podemos fazer.
Saio de casa e costumo encontrá-lo na esquina do seu apartamento. Nossa rua é bastante arborizada e, quando estou só, vou cumprimentando cada árvore que encontro pelo caminho. Dois jasmineiros, atualmente sem suas flores perfumadas, são muito especiais pra mim e já falei sobre eles na Garrafa 271, em outro Blog. Um dia chuvoso já inspirou outro post, na Garrafa 330. E, caminhando com outro amigo, uma lua cheia de verão já capturou minha atenção na Garrafa 288.
Chegando à praia, às vezes vamos em direção ao Posto 1, chegando ao píer e dando uma espiada na entrada do canal que alimenta as lagoas. Outras vezes vamos em direção ao Recreio, percorrendo a orla que frequento há décadas e que evoca ótimas lembranças, a cada passo do caminho.
Nesse período de carnaval, com curiosidade, vemos ainda as pessoas que se animam a vestir algum tipo de fantasia, sozinhas ou em pequenos grupos, em torno de algum quiosque com batuque, seguindo algum dos blocos do bairro ou algum dos trios elétricos que percorrem a Avenida Sernambetiba, fazendo um barulho infernal. Isso, às vezes, nos obriga a interromper temporáriamente nossa animada conversa.
Durante a caminhada, encontramos solução para todos os problemas do nosso Bairro, do Rio de Janeiro, do Brasil e do Mundo. E às vezes, vislumbramos a solução dos nossos próprios problemas existenciais, só pelo fato de falarmos deles com confiança. E quando o fazemos, não esperamos nenhum conselho, nenhuma sugestão, nenhuma resposta um do outro. Só a boa e velha escuta com empatia.
Sou grato por isso!
Eduardo Leal
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