No dia de ontem, 07/03, quinta-feira, às voltas com a necessidade de provocar reflexão em um cliente de Consultoria que é um tanto avesso ao estabelecimento de boas parcerias e à busca de formas construtivas de cooperação, expedi para mim mesmo um mandado de busca e apreensão, em minha biblioteca, à procura de metáforas e histórias interessantes a esse respeito.
Passei em revista, também, minha própria experiência no estabelecimento de parcerias, na área de negócios e em todas as outras áreas da vida. Evoquei boas lembranças de muitas parcerias de sucesso e, também, de outros relacionamentos em que o comportamento da outra parte, e às vezes também o meu próprio, foi na contramão do que poderíamos classificar de uma atitude saudável e construtiva, de ganha-ganha.
Fui bem sucedido. Encontrei em um ótimo livro da Editora Record intitulado “Criatividade nos negócios”, de Michael Ray e Rochelle Myers, infelizmente não reeditado, uma história que poderei utilizar oportunamente, quando abordar esse tema com meu cliente. Transcrevo abaixo esse texto:
“Diz-se que um homem bom morreu e, como fizera algumas coisas erradas em sua vida, foi necessário que ele passasse uma curta temporada no inferno. Enquanto estava lá, ele descobriu que uma das principais formas de tortura era que todos eram forçados a tentar comer com colheres que eram mais longas que seus braços. A comida ficava caindo sobre seus ombros. Os condenados estavam no constante tormento da fome, em meio a boas comidas que eles não podiam comer. Então, o homem foi transferido para o céu. Para sua surpresa, ele descobriu que eles tinham o mesmo tipo de colher lá – mas não havia fome, porque eles se alimentavam uns aos outros.”
Esse exercício de avaliação de minhas próprias atitudes de generosidade e cooperação foi uma ótima oportunidade de reflexão. Saí desse processo com a consciência de uma enorme responsabilidade: a de assegurar que meus parceiros sempre obtenham algum benefício, com nossa associação. Agradeço a cada um deles, em todas as áreas da vida, pelas oportunidades que me oferecem de servir e ser servido.
Sou grato por isso!
Eduardo Leal
Ilustração de autor desconhecido