Na manhã e tarde do dia 13/03, quarta-feira, passei o dia trabalhando no meu escritório doméstico, em projetos de Consultoria em Elaboração de Plano de Negócio de duas clientes, e tinha programada uma sessão de Coaching Centrado em Valores, pela Internet, no início da noite.
No final da tarde, a atenção de milhões de pessoas passou a se concentrar no noticiário do Vaticano, e eu era uma delas, depois do anúncio de que um novo Papa havia sido escolhido. Curiosidade natural, mesmo daqueles que não são católicos praticantes ou que professam outras crenças ou religiões, pela influência política e social exercida pela Igreja Católica na maioria das sociedades ocidentais e em algumas orientais.
Sua primeira aparição foi impactante, especialmente, por sua serenidade e seu gesto surpreendente de, antes de abençoar a multidão de fiéis que aguardava por isso, solicitar que a própria multidão o abençoasse e orasse por ele, adotando uma posição de cabeça baixa, um gesto de simplicidade e submissão. Isso me emocionou.
Em minha meditação e leitura matinal, tinha lido justamente uma metáfora no livro “Zen no trabalho“, sobre a humildade, usando a seguinte imagem: O oceano é grande, porque recebe a água de todos os rios… Fica em uma posição mais baixa que todos eles…
Acho que vamos ver um Papa Zen, durante o seu pontificado.
Choveu nesse final de tarde na Barra da Tijuca e, certamente, parte dessa água foi parar no mar… Enquanto o sol se punha e o céu nos apresentava todos os possíveis tons de laranja…
Na noite de ontem, 08/02, sexta-feira, depois de um longo dia de mãos ocupadas, foi a vez do coração amoroso ser presenteado com um belo documentário que assisti no canal GLOBOSAT+: Oldies but Goldies: A Journey to Germany´s Oldest Trees.
Trata-se de uma viagem pela Alemanha, onde vivi no ano de 1987, desde o Mar do Norte até os Alpes, em busca das árvores mais antigas do país. Várias delas com mais de 700, algumas com mais de 900, e a mais antiga delas com mais de 1.120 anos.
Lembrei-me imediatamente de várias árvores que foram minhas companheiras na infância, em uma casa com quintal enorme em Caçapava, no Estado de São Paulo. Com outras, na casa da minha avó materna em Barra Mansa, onde morei por algum tempo, mantive longas e prazerosas conversas. A maioria delas não existe mais… Derrubadas por raios, arrancadas por tempestades ou pela mão do homem.
Agora, tenho algumas amigas em uma pequena praça arborizada que vejo da minha varanda diariamente, e em cuja sombra espero por meus amigos, meus clientes, e leio meus livros, sempre que posso. Isso sem contar com as do Jardim Botânico, as do Museu da República, as do Alto da Boa Vista e as da Floresta da Tijuca, que visito com frequência.
Mas minha amiga mais recente, que descobri apenas em 2011, e não sei se chega a ser centenária, está localizada em frente ao número 94 da Rua Pompeu Loureiro, em Copacabana. Sempre me impacta com sua presença majestosa e calma, espremida entre grandes edifícios, com sua copa que chega à altura do sexto andar de alguns deles, e com seu tronco e raízes firmemente assentados na calçada de uma rua de trânsito agitado. Trata-se de um Assacu, espécie típica da Amazônia e de nome científico Hura Creptans.
Meu encontro com ela foi motivado pela participação, durante vários meses, em um Grupo de Discussão de Coaching, cujas reuniões aconteciam no apartamento de uma grande amiga que vive nessa rua. Passava normalmente apressado, saindo do estacionamento, e já com a cabeça focada nos temas da nossa reunião, até que um dia… Amor à primeira vista!
Não sei precisar quando nem como sua presença silenciosa chegou até meus sentidos. Quem sabe pela luz do sol filtrada pelos seus galhos e folhas, ou por alguma lufada de vento que me fez olhar para cima. E pronto! Perdidamente apaixonado. Já cheguei até a apresentá-la a uma amiga que veio de São Paulo, enquanto passeávamos pela cidade, esperando a hora de seu embarque de volta no Aeroporto Santos Dumont. Gosto de apresentar meus amigos e amigas uns aos outros.
Se você ainda não a conhece, aproveite esses dias de carnaval para lhe fazer uma visita surpresa. Salte na Estação Cantagalo do Metro linha 1 e caminhe no sentido contrário ao do trânsito, por algumas quadras da Rua Pompeu Loureiro, até o número 94. Não há engano, ela está sempre à nossa espera, não vai fugir em nenhum dos blocos que circulam pela cidade, nem mesmo no “Simpatia é quase amor”, assim espero.
Sempre me alegro na presença dos meus amigos e amigas.
Sou grato por isso!
Eduardo Leal
Fotos de autores desconhecidos: Assacu da Pompeu Loureiro
Instruções de utilização: Ouvir “The Memory of Trees” com Enya.
"Nada posso lhe contar, em poucos minutos, que lhe diga como ser rico. Mas posso lhe dizer como se sentir rico, o que é muito melhor do que ser rico. Seja agradecido... É o único esquema de enriquecimento rápido totalmente confiável." Ben Stein
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